Um bom processo de integração pode fazer toda a diferença para o sucesso de uma nova contratação e os dados comprovam. Segundo uma pesquisa do Brandon Hall Group, empresas com programas estruturados de onboarding registram um aumento de 82% na retenção de novos colaboradores.
A pesquisa, realizada em 2024, mostra o que o especialista em gestão de pessoas e CEO da InCicle, Rafael Giupponi, afirma durante suas consultorias e palestras realizadas por todo o país: “o onboarding deixou de ser uma mera formalidade e se tornou uma etapa estratégica da jornada do colaborador”.
“Onboarding”, termo que remete à ideia de embarque, passou a simbolizar o início da vivência profissional dentro das organizações. Muito além da entrega de equipamentos ou da assinatura de contrato de trabalho, trata-se de um momento determinante para que o novo integrante se sinta acolhido, pertencente à empresa e pronto para contribuir com o propósito da organização.
“O onboarding é o primeiro passo para construir a jornada do engajamento. É nesse momento que o colaborador forma sua percepção sobre a empresa e isso influencia diretamente sua permanência, produtividade e motivação no dia a dia, além dos resultados financeiros da organização”, conta Rafael Giupponi.
Segundo ele, o processo marca a diferença entre empresas que apenas contratam e aquelas que realmente integram seus talentos no quadro de colaboradores. Com a valorização crescente da experiência do colaborador, práticas mais humanas, tecnológicas e personalizadas ganharam espaço na rotina dos RHs. Hoje, os líderes e gestores mapeiam toda a jornada do colaborador, desde a atração até o desligamento, para identificar “pontos de atrito” ou “pontos de fricção” e criar experiências mais significativas desde o primeiro contato.
Giupponi destaca que o onboarding é uma das etapas mais sensíveis dessa jornada. Quando bem planejado, reduz a ansiedade, aumenta a sensação de pertencimento e acelera a adaptação. “O primeiro contato com a cultura da empresa deve ser positivo e bem estruturado. Boas práticas incluem roteiros personalizados, uso de tecnologia com trilhas digitais e checklists, feedbacks nas primeiras semanas. Essas ações facilitam a adaptação técnica e fortalecem o vínculo emocional com a empresa, impulsionando o engajamento e a retenção”, finaliza.
