Com certeza você já ouviu falar na Matriz 9 Box. A ferramenta, cada vez mais presente nas empresas que desejam transformar a gestão de recursos humanos, pode ser o diferencial entre decisões estratégicas e apostas incertas. Ao cruzar informações sobre desempenho e potencial, a metodologia revela com clareza onde cada colaborador está e até onde pode chegar.
Mas como exatamente esse método funciona? E por que tem se tornado indispensável para gestores e líderes de RHs que querem ir além do operacional? Neste texto, explico como a Matriz 9 Box pode contribuir para mudar a forma como a sua organização promove, treina e desenvolve colaboradores.
“A ferramenta organiza o olhar do RH sobre o colaborador ou time e traz luz sobre onde investir tempo, energia e recursos. A liderança para de operar no ‘achismo’ e passa a ter base técnica para decidir com justiça e estratégia”, afirma Rafael Giupponi, especialista em gestão de pessoas focada em resultados e CEO da InCicle.
Ele explica que ao cruzar desempenho, aspectos a melhorar e possibilidade de crescimento, a ferramenta oferece um retrato preciso de onde estão os talentos da empresa e quem precisa de um novo plano de desenvolvimento. Simples à primeira vista, ela carrega uma lógica poderosa capaz de mudar o rumo de promoções, sucessões e da própria cultura organizacional.
“Com a Matriz 9 Box, o gestor de RH e o gerente da área conseguem planejar melhor a sucessão de cargos-chave, reduzir perdas com contratações mal direcionadas e criar trilhas de desenvolvimento personalizadas para cada tipo de colaborador”, conta. “Em outras palavras, ela facilita o acompanhamento dos profissionais e o alinhamento entre suas competências e os objetivos estratégicos da organização”, completa.

Segundo Giupponi, a aplicação da metodologia pode ser potencializada com o uso de plataformas especializadas, como a da própria InCicle, que automatiza a geração da matriz com base em avaliações integradas de desempenho e potencial. Além disso, oferece relatórios personalizados, interface visual intuitiva e planos de ação específicos para cada quadrante.
Mais do que um instrumento para classificação, é uma ferramenta propulsora para o desenvolvimento da alta performance, o que permite, por exemplo, traçar planos de evolução para colaboradores com alto potencial e baixa performance, os chamados “questionáveis”, que muitas vezes só precisam de direcionamento claro e acompanhamento próximo para deslanchar. Da mesma forma, ajuda a identificar os “mantenedores”, profissionais consistentes e preparados para avançar na carreira.
O maior ganho, garante o especialista, está na clareza e no alinhamento entre pessoas e estratégia da organização. “Não existe desenvolvimento eficaz sem diagnóstico. A matriz dá esse mapa. É assim que transformamos pessoas em protagonistas nos resultados”, conclui.