Quando foi a última vez que o gerente de RH de sua empresa olhou de verdade para o desempenho de seus colaboradores sob todos os ângulos? Ainda é comum feedbacks serem restritos aos gestores, mas será que essa é a forma mais justa e eficaz de avaliar um funcionário? E se colegas de equipe, subordinados e até mesmo clientes tivessem algo importante a dizer?
Situações de desalinhamento, conflitos silenciosos ou talentos subaproveitados podem estar acontecendo agora mesmo dentro da sua empresa, sem que ninguém perceba. A boa notícia é que existe um caminho mais completo e estratégico para ajustar rotas e criar ações para reverter o quadro.
Mas você sabe, de fato, como funciona essa metodologia para se beneficiar?
Antes de tudo é preciso entender que essa avaliação analisa, de forma abrangente, competências e comportamentos de um profissional a partir de múltiplas perspectivas superiores, pares, subordinados e, em alguns casos, clientes, fornecedores e outros. Esse modelo é diferente das avaliações tradicionais, que consideram apenas o ponto de vista do chefe ou líder direto, segundo Rafael Giupponi, especialista em gestão de pessoas focada em resultados e CEO da InCicle.
“A principal diferença dessa metodologia está justamente na participação ativa de todos os agentes que cercam o colaborador avaliado. O RH deixa de tomar decisões baseadas em percepções isoladas e passa a agir com base em dados mais concretos. O papel do gestor de Recursos Humanos nesse processo é fundamental, desde a escolha dos avaliadores até a devolutiva dos resultados”, afirma.
A startup, que acaba de ganhar um novo escritório em São José dos Campos, possui um banco de perguntas estruturadas, que podem ser adaptadas de acordo com as necessidades da empresa, e oferece consultoria especializada para garantir a condução de todas as etapas, desde a configuração da ferramenta até a interpretação dos dados coletados.
Outra forma de avaliar, segundo Giupponi, é a análise situacional com foco no dia a dia. O próprio sistema interpreta as respostas, elimina a subjetividade e identifica com precisão o desempenho de cada colaborador.
“No final das contas não é apenas um termômetro do desempenho individual, mas uma poderosa ferramenta aliada para a construção de funcionários mais alinhados, engajados e produtivos. A empresa que aplica esse tempo de avaliação com êxito ganha tempo, previsibilidade e direcionamento, com dados reais vindos das pessoas que convivem no dia a dia com quem está sendo avaliado”, finaliza.