Manter a produtividade em equipes remotas e híbridas tornou-se um dos maiores desafios para líderes e gestores de pessoas. A distância física entre os times muitas vezes traz ruídos de comunicação, dificuldades de engajamento e a sensação de isolamento, fatores que podem comprometer resultados quando não há processos bem estruturados.
O especialista em gestão de pessoas focada em resultados e CEO da InCicle, Rafael Giupponi, explica que o segredo está menos no formato de trabalho e como as empresas estruturam sua gestão. “A produtividade não depende apenas de onde as pessoas estão, mas de como a organização cria confiança, estabelece objetivos claros e oferece ferramentas que realmente conectem os colaboradores”, afirma.
Uma pesquisa conduzida pela Koru, em parceria com a Flash, mapeou as principais tendências que estão transformando a gestão de pessoas em 2025. O levantamento, realizado entre outubro e novembro de 2024, reuniu insights a partir da opinião de 173 líderes de RH de 65 empresas brasileiras.
Os dados mostram que o trabalho híbrido continua em ascensão, com 65,9% das empresas adotando algum formato híbrido em 2025. Entre os modelos, o formato parcialmente híbrido (48,8%) lidera, seguido pelo presencial (29,3%) e híbrido totalmente flexível (17,1%).

Esse movimento reflete uma realidade. Embora o trabalho remoto traga flexibilidade e contribua para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, especialmente para colaboradores com múltiplas responsabilidades, o presencial ainda tem papel estratégico ao reforçar a cultura organizacional e otimizar interações que, no ambiente digital, tendem a ser mais demoradas.
“As reuniões e os treinamentos presenciais são mais objetivos e eficazes, além de permitirem interações espontâneas que aceleram a solução de problemas. O home office, quando bem estruturado, pode manter ou até aumentar a produtividade. Tudo depende de confiança e autonomia. Empresas que oferecem clareza de metas, organizam seus fluxos e garantem canais de comunicação eficientes conseguem extrair o melhor dos dois mundos”, afirma.
Os recursos do ecossistema da InCicle tornam a comunicação e a gestão de equipes remotas mais eficazes. “Seção de políticas e procedimentos, rede social corporativa, agenda compartilhada, grupos de trabalho e gerenciador de projetos fazem parte desse ecossistema, em que a comunicação e as responsabilidades ficam registradas”, afirma.
Ao refletir sobre o futuro da comunicação em equipes distantes, Giupponi destaca que o grande diferencial estará em como as empresas utilizam a tecnologia para integrar pessoas. “Não basta ter ferramentas, é preciso que elas sirvam para aproximar, criar alinhamento e dar autonomia. O RH extraordinário não é apenas o que garante processos, mas o que promove confiança e pertencimento em qualquer modelo de trabalho”, conclui.