Cuidar dos colaboradores deixou de ser um detalhe opcional no planejamento das empresas e virou um fator decisivo para alcançar os objetivos do negócio. Em um contexto empresarial onde atrair, engajar e reter talentos gerir recursos humanos se consolidou como a principal arma competitiva, o RH precisa sair de trás das cortinas e assumir o papel de protagonista.
Quem afirma a necessidade desse movimento é o especialista em gestão focada em pessoas e CEO da InCicle, Rafael Giupponi. Segundo ele, gerenciar pessoas não pode ser visto como um departamento isolado, mas sim como motor que impulsiona inovação, produtividade e resultados concretos. Quem ignora isso, cedo ou tarde vai pagar a conta.
De cuidados com a saúde mental a programas robustos de desenvolvimento, passando por flexibilidade e uso intensivo de tecnologia, a gestão de pessoas ganhou status de protagonista. “É hora de parar de enxergar o RH como suporte e transformá-lo em motor estratégico. Não adianta querer resultados extraordinários com práticas ultrapassadas. Precisamos colocar as pessoas no centro das decisões, ouvir mais, capacitar mais e criar uma cultura que faça sentido para quem está ali todos os dias”, alerta
Entre as principais tendências apontadas pelo especialista, aparecem programas de saúde mental e bem-estar, que vão muito além do “vale academia” ou “frutas no escritório”. “São iniciativas que envolvem ações específicas, horários flexíveis e uma comunicação que respeita o ser humano por trás do crachá. Outra prática que vem ganhando força é a personalização do aprendizado. Cada colaborador segue uma trilha adaptada às suas necessidades. Isso fortalece competências.”.

A tendência de liderança empática também chama a atenção. Líderes autoritários e distantes ficaram no passado. “Hoje, empresas que se destacam formam líderes que sabem ouvir, reconhecer esforços e cultivar ambientes colaborativos. Tudo isso caminha lado a lado com a diversidade e a inclusão, que passaram de pauta de ‘promoção social’ para prioridade estratégica”, afirma.
Giupponi aponta que outro ponto importante em alta é a integração entre propósito, processos e o alcance de resultados. “O futuro da gestão de pessoas é híbrido, digital, empático e altamente personalizado. Não existe fórmula mágica, mas existem escolhas conscientes e corajosas de empresários para transformar seus processos e construir uma cultura organizacional presente e forte.”.