Na sede da InCicle, em São José dos Campos, a especialista em desenvolvimento humano e organizacional Áurea Santos conquistou a atenção de todos ao compartilhar sua trajetória profissional. Convidada pelo CEO Rafael Giupponi para apresentar a palestra “A Jornada do RH Estratégico”, ela mostrou que a evolução da área depende de método, disciplina e da coragem necessária para que o RH assuma o papel de protagonista nas empresas.
“Minha história começou lá atrás, quando eu ainda não imaginava que trabalharia com desenvolvimento de pessoas”, relembrou Áurea, citando passagens por gigantes como Coca-Cola, Sadia e PepsiCo. A vivência em culturas organizacionais tão diferentes consolidou sua visão de que o RH precisa de clareza estratégica para deixar de ser apenas operacional e departamento de assistencialismo.
Com mais de 20 anos de experiência como especialista, consultora e executiva, ela criou a Mentoria Meraki, programa que já impactou consultoras de Recursos Humanos em todo o país. O método, que é um capítulo importante de sua história, é responsável por transformar centenas de consultoras de RH.
A palestrante então ampliou o olhar, relembrando que o RH começou a se estruturar no início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, mas no Brasil a evolução foi mais lenta. “Só a partir da década de 1980 começamos a ver a área avançar de maneira consistente, deixando para trás a visão meramente operacional e assistencialismo”, explicou.

A especialista apresentou a Jornada do RH Extraordinário como um roteiro prático para quem deseja implantar um setor de Recursos Humanos estratégico e de alto impacto. Para explicar o método, Áurea utiliza a analogia da construção de uma casa. A ‘fundação’ representa o planejamento estratégico e as ‘colunas’ são os indicadores, código de conduta, competências funcionais e organizacionais, além do programa de integração.
Já as ‘paredes’ são como a descrição de cargos, organograma, políticas internas, gestão de desligamento, treinamentos, desenvolvimento de liderança e programa de estágio. O ‘telhado’, segundo a especialista, é comparado à fase de aplicação de avaliação de desempenho, plano de cargos e salários, pesquisa de clima, endomarketing, plano de sucessão e gestão do conhecimento.

Cada etapa, explicou, leva em média três meses. “Muitos empresários querem logo o ‘telhado’ (avaliação de desempenho e endomarketing, por exemplo), mas antes precisamos fazer a fundação, colocar as colunas e erguer as paredes”, afirmou. “O RH que não constrói a própria casa acaba morando de favor na estratégia da empresa. Quando o RH assume a ‘obra’, toda a organização cresce junto”, completou.
Para Rafael Giupponi, promover esse debate na InCicle reforça a cultura da empresa de transformar RHs em agentes extraordinários, colocando o desenvolvimento humano no centro da estratégia. “Nossos colaboradores vivem a realidade de ajudar clientes a estruturar seus RHs. Trazer a Áurea é mostrar, na prática, que o sucesso da tecnologia depende de gente bem preparada. Valorizamos o desenvolvimento do nosso time porque é ele que transforma cada inovação em resultado.”.